Elefante acorrentado

Você já observou um elefante no circo?

Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido apenas por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Mas, afinal de contas, então por que o elefante não foge?

Há alguns anos descobri a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada.

Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele paquiderme enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões, é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo.

O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

Alguma vez você também deixou de tentar algo por imaginar não ser capaz, ou pior ainda; porque alguém, em algum dia, em algum lugar tentou, e não foi capaz, e então aquilo foi tido como impossível?

Pense nisso.