sábado, maio 20, 2006

Mãe

"Mãe...
... Quem és tu?
És, porventura, a luz de estrelas incandescentes?
És o vento que afaga a solidão do veleiro?
És a esperança de retorno do exilado?
Ou és o orvalho por quem esperam as orquídeas?

Mãe...
... Quem és tu?
És a força propulsora da ventura?
És a honestidade do amor sofrido?
És a fonte de carinho sem medida?
Ou és a brisa por quem anseiam os lírios?

Mãe...
... Quem és tu?
Que mistério envolve tua existência?
Que milagre te gerou no seio da Terra?
Quais os limites de tua abnegação?
Quantas vidas darás por um único filho?

Mãe...
... Quem és tu?
Que vagueias noite-a-dentro na inquietudeda espera?
Que desejas o filho nos braços mesmo que se te rompam os tendões da resistência?

Mãe...
... És o aroma suave das crianças de peito!
És o colo desejado do filho pródigo!
És o porto-seguro do marujo sem rota!
És as natureza em sua expressão mais bela!

Mãe...
És o anjo que o céu abriu mão
Em benefício da vida!
És o ventre sagrado da humanidade,
De cujas entranhas nascem os homens
- até mesmo o maior de todos eles:
Jesus Cristo, homem/Deus."