segunda-feira, maio 15, 2006

A que ponto chegamos?

Ao se diagnosticar uma enfermidade, a primeira atitude, principalmente tratando-se de uma doença que põe em risco a vida do indivíduo, é tomar as medidas necessárias para que o mal não avance, tornando-se assim cada vez mais difícil de ser curado; e a mudança de atitudes que contribuam para tal mal, troca de hábitos, assim como remediar a situação com o antídoto mais eficaz.

É cada vez mais frustrante perceber o quanto estamos à mercê de um crime extremamente organizado que se prolifera dentro de nossas fronteiras nacionais como um câncer, um tumor que afeta todo o restante do nosso sistema. É praticamente impossível, tratar dessa doença sem que haja algum tipo de dano aos demais órgãos do indivíduo (sociedade). Mesmo excluídos da vida social (em prisões), tais vírus infecciosos continuam tendo uma participação plena nos ataques ocorridos fora daquelas grades, daqueles muros; e constituem-se num mal extremamente contagioso, uma vez que não se pode esperar muito de uma pessoa que acabe lá dentro, por mais inofensiva que seja ao entrar numa daquelas universidades do crime. Infelizmente. É claro que nunca podemos generalizar uma situação como essa. Cabe aqui o bom senso.

Neste final de semana do dia das Mães, tivemos a triste oportunidade de ver como esse mal pode se organizar, no intuito de causar desordem e terror, explicitando cada vez mais a deficiência de nosso sistema imunológico (a força policial de uma maneira geral). Precisamos, cada vez mais, de um trabalho em conjunto das Forças Policiais, assim como das próprias Forças Armadas (afinal de contas, de que adianta ter um agente capaz de enfrentar ameaças externas, quando nosso maior mal encontra-se dentro de nossas próprias linhas nacionais?), para combater um crime tão organizado quanto esse existente em nosso país.

Abaixo, temos um resumo dos acontecimentos deste fim de semana:

"Mais de 80 pessoas foram presas desde sexta (12) em São Paulo suspeitas de envolvimento com a maior e mais intensa série de ataques contra forças de segurança da história. Com eles, 97 armas foram apreendidas. Foram mais de 115 ataques e 60 mortes, até a noite deste domingo.

Criminosos queimaram pelo menos 41 ônibus na Grande São Paulo entre a tarde e a noite deste domingo, segundo informações dos Bombeiros. A ação ocorre em meio à onda de ataques às forças de segurança do Estado e da série de rebeliões em penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória), atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os ataques ocorrem paralelos a uma onda de rebeliões que atingiu 78 unidades prisionais do Estado. Os presos permanecem rebelados em 53 unidades. Há mais de 226 reféns.

Orquestradas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), as ações são uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção.

Segundo o balanço parcial do governo do Estado, até a noite deste domingo, foram 115 ataques. Morreram 20 policiais militares --12 deles em folga--, cinco policiais civis --todos em folga--, três guardas municipais, oito agentes penitenciários --todos em folga--, dois civis e 14 suspeitos, baleados em confrontos.

De acordo com o coronel Borges, interceptações telefônicas realizadas em unidades prisionais do Estado desde sexta-feira (12), quando começaram os ataques, já revelaram que os criminosos pretendem estender a série de rebeliões a unidades do Rio, de Minas e de Alagoas.
Um arsenal de 75 armas que seria usado em novos ataques foi apreendido neste domingo, de acordo com o coronel. Ele não informou, entretanto, as circunstâncias da apreensão."
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Leia mais aqui:


Esperamos que essa rebelião possa ser bem controlada e administrada pelo governo, tanto do estadual quanto federal. Aguardamos o fim de tais ataques o mais breve possível.

Mas o correto não seria perguntar: "Porque isso continua acontecendo? Não temos exemplos suficientes para que possamos nos resguardar de tal mal? Utilizemo-nos de remédios e hábitos saudáveis, no intuito de fortalecer cada vez mais nosso sistema, e evitar novas recaídas, uma vez que já somos conhecedores do mal que nos aflige.
Sejamos sábios ao resguardar-nos do mal, evitando assim um confronto direto, e perdas inevitáveis.
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