Puerto Quijarro, 28 de dezembro de 2006
Após uma ótima acolhida e estadia na cidade de Corumbá na casa de parentes ( Maria, Haida, Gavio, Antar, Omar, entre outros - muito obrigado, meus queridos, nunca esqueceremo-nos de tamanha hospitalidade), onde aproveitamos para descansar, alimentar-nos bem, trocarmos nossas carteiras de vacinaçao pela internacional, colocarmos nossas vacinas em dia (eu tomei a tríplice viral) e servirmo-nos da hospitalidade da família de origem árabe; almoçamos cedo, e dirigimo-nos à Imigraçao Boliviana, a fim de receber o visto e pegar as passagens para o trem num valor de R$ 60 com o Ney. Pegamos um táxi da Imigraçao até a Estaçao Ferroviária (BS 40) , onde pegamos nosso trem e assumimos nossas poltronas, dirigindo-nos entao para o início de nossa aventura.

Às 13:20, aproximadamente, saímos de Puerto Quijarro, com destino a Santa Cruz. Seguimos no Trem da Morte, relativamente bem acomodados, iniciando a viagem de 22 hs.

É grande o número de bolivianos que ganham dinheiro nas estaçoes vendendo "pratos" de comida. A vista da janela do trem nos permite uma bela visao do Rio Paraguai, e em geral, a regiao que margeia a ferrovia resume-se a muito mato e árvores (floresta / Pantanal boliviano).
Nosso coche (vagao) é composto praticamente todo por brasileiros, jovens que estao indo visitar a histórica cidade de Machu Pichu, com a exceçao de um casal muito simpático de bolivianos, que estava com um bebê.

À noite, a paisagem ao lado da ferrovia assumia um aspecto ao mesmo tempo assustador, misterioso e fascinante, todas as vezes em que na noite sem lua, a chuva fria e fina que caía mandava um relâmpago riscar o céu a fim de criar fantásticas figuras formadas pelas montanhas, morros e selva boliviana.

O trem parou por várias ocasioes, seja para pegar mais passageiros, seja para podermos "jantar" (nessa ocasiao paramos em uma cidadezinha chamada Roboré, onde havia uma feira livre, onde vendia-se de tudo, e onde experimentei pela primeira vez um "empanado de queso", uma espécie de pastel de queijo, muito bom), seja para "trocar" a locomotiva ou até mesmo parar numa intersecçao para que outro trem que vinha ao nosso encontro pudesse passar.
<< Home