domingo, abril 26, 2020

My little sunshine

Saudade de quando seus olhos brilhavam ao me ver,
Saudade de enxergar em seu rosto a expressão genuína da felicidade.
De ver seus lábios se curvarem, exibindo o sorriso mais lindo da face da Terra.
Saudade de enxergar na sua alma, a excitação com minha presença.
Eu conheço o sentimento que tenho por você.
Te amava antes mesmo de te conhecer.
Já amava a sua ideia.

É tão difícil se entregar quando não se percebe o mesmo sentimento no outro.
Saudade de quando as estrelas do céu pareciam descer do firmamento e me iluminavam,
mostrando que sua alma exultava de alegria por eu estar ao seu lado.
De quando seus raios de Sol aqueciam minh’alma da forma mais pura e bela.
Saudade de quando a minha presença já era o bastante.
De quando você parecia aproveitar cada momento,
Cada segundo,
Cada instante...
Pois não sabia se poderia ser o último.

Saudade de quando eu era “o” e não apenas “um”.
Saudade de quando sua respiração parava por um instante...
E esse instante parecia ficar eternizado no tempo, pois não fazia ideia se eu era real ou não.
Saudade de como seu batimento se acelerava, de como sua pele pulsava
Com a minha aproximação.
Saudade de olhar fundo em seus olhos, separados pela distância de nossas respirações
E enxergar sua vida toda pra mim.
Desvelada,
Entregue
Doada,
Como sacrifício máximo.

Saudade das palavras não ditas,
Dos abraços não trocados,
Dos momentos não vividos,
Instantes despedaçados.

Saudade de quando o Cosmo já não existia mais,
Pois a conexão era tão genuína e sublime...
Que todo o mais simplesmente desaparecia.
Você nunca poderá,
Sequer imaginar,
Sequer vislumbrar,
O quão profundo foi o meu sentimento por você.


Saudade de tudo...
Mas, acima de tudo,
Do ser que nunca foi,
Da ideia não concreta,
Do amor não vivido,
Do suspiro não exalado,
Da entidade perfeita
Que nunca existiu
Do ser divino
Não encarnado.
Do sublime encanto,
Apenas idealizado
E nunca concretizado.
Andrey Negro Andrade

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