Thanos - O Senhor da Morte

A saga cinematográfica do Universo Marvel tem como antagonista principal o grande vilão Thanos. Ele tem um posicionamento bem polêmico em relação à vida no Universo: ele busca unir as seis Joias do Infinito a fim de atingir seu objetivo, que considera ser um mal necessário à manutenção da vida: exterminar metade dos habitantes do universo. Essa escolha seria aleatória, a fim de que não houvessem critérios a serem colocados em discussão.

Não é uma decisão simples, nem fácil. Mas como ele mesmo diz, seria o único com coragem o suficiente para se fazer o que precisa ser feito. Inicialmente age de forma pontual, planeta por planeta, mas por conta da vastidão do Universo, decide unir as seis Joias do Infinito, que lhe permitirão concluir seu objetivo de uma forma rápida, simples e eficaz, apenas com um estalar de dedos. Com isso, uma vez que os recursos são finitos, a metade sobrevivente teria material, condições e recursos suficientes para viverem de forma mais digna e evoluída, atingindo um equilíbrio no Cosmos.

Ele não busca atingir seu objetivo em vistas de um fim pessoal. Sua missão, por mais bizarro que possa parecer, tem em vistas um fim maior. Dessa forma, aceita o epíteto de “vilão”, em vistas de um “fim maior”.

A teoria, apesar de radical, encontra eco em várias outras referências e pensamentos, principalmente para os defensores da ideia de que “os fins justificam os meios”.

Alguns dados: A população mundial em 2020 gira em torno de 7,8 bilhões de pessoas, com projeção de cerca de 11 bilhões de pessoas em 2100, segundo a Divisão de População da ONU.

No século passado, na década de 70, a China (o país mais populoso do mundo atualmente), chegou a implementar uma política de Controle de Natalidade que ficou conhecida como “Política do filho único”, que, segundo estudos, teria evitado o nascimento de cerca de 400 milhões de chineses.

A peste bubônica, mais conhecida como Peste Negra, dizimou cerca de um terço da população européia no séc. XIV.

Thomas Malthus, um economista britânico nascido no séc. XVIII já havia chamado a atenção para a hipótese proposta de que a população humana cresce em Progressão Geométrica enquanto nossos recursos, nossos meios de subsistência cresceriam apenas em Progressão Aritmética, gerando assim um problema grave no futuro. E pra vocês que buscam uma frase especial, deixo aqui uma dica: Qual o lema que o Capitão América usa para convocar os heróis na luta contra o exército de Thanos no filme Vingadores Ultimato?

Em outras palavras, seja de forma natural, seja de forma planejada essa espécie de “controle de natalidade” é um assunto que deve ser estudado e pensado atualmente. Nunca, na história da humanidade, a expectativa de vida de uma forma geral foi tão longa assim, a ciência tão avançada e estivemos tão “lotados” em nossa modesta esfera azul. Muitos dos nossos recursos não são renováveis. Nunca produzimos tanto lixo como produzimos atualmente. E mesmo batendo recordes de produção de alimentos, ainda existem muitos que passam fome todos os dias. Sofremos com mudanças climáticas reflexo de décadas de abuso e descaso. Nunca fomos tão ricos e tão pobres ao mesmo tempo. Isso implica numa necessidade maior ainda em, no mínimo, colocar o assunto em discussão.

Andrey Negro Andrade