sábado, junho 15, 2013

Recomeçar

Em determinados momentos de nossas vidas, faz-se necessário livrar-se de toda a sorte de crenças, de vontades, de desejos, de anseios, de expectativas, de impressões, de conceitos e começar tudo do zero. De novo. Novamente.

Torna-se necessário permitir despojar-se de todas as coisas que você traz junto de si, todas aquelas que acumulaste pelo caminho, todas aquelas que estimas tanto e tanto lutara em mantê-las. Faz-se necessário deitá-las ao chão para que possas caminhar com desenvoltura novamente. Para que possas sentir novamente aquele sentimento da mais tenra infância de que tudo é possível e permitido; para que possas ser capaz de correr e pular, mas, mais do que isso.... para que seja possível subir aos céus e voar.
Voar. Desprender-se do que nos acorrenta e ascender a um nível que muito poucos se permitem chegar. Ver. Sentir. Viver.
VIVER. Sentir-se vivo NOVAMENTE.

Abre-se então um mundo, um universo de possibilidades que se desdobram e se ampliam, permitindo algumas coisas e excluindo outras. Uma perspectiva totalmente nova e impensável até pouco tempo atrás.

É uma pena perceber que todos os outros permaneçam presos ao chão. É triste notar que na ânsia de não abrirem mão de todas as coisas que acumularam ao longo do caminho, permaneçam fadados a um destino mesquinho e miserável. Degradante.

Estão encarcerados em seus próprios medos, inseguranças, anseios e mediocridades. Brigando por migalhas e lutando por sobrevivência. Sobrevivência. Ao invés de viverem. Ao invés de desfrutarem o mais puro e intenso néctar da vida. Ao invés de sentirem a vida fluir intensamente por dentro de si, mas tão intensamente, a ponto de transbordar pelos poros. A ponto de se constatar que antes estava morto, e não vivia. Nunca passarão por experiências que os permitam sequer vislumbrar... o que é VIVER.
O Espírito que Anda


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